sábado, 24 de março de 2012

O vazio existencial



O vazio existencial

Será que podemos falar de um vazio existencial na sua essência? Terá sentido falar de tal estado, no caso de existir, separado da temática da morte? A morte é sem dúvida o maior vazio existencial a que todo o ser humano aspira. Ou talvez não. Todo o ser humano durante o seu curto percurso vital sente o vazio existencial, em maior ou menor grau. Sente-o e vivencia-o em inúmeras circunstâncias da sua existência humana. Ele emerge diante de situações peculiares e às vezes estressantes na vida do sujeito. Está presente em momentos da iminência da própria morte ou do falecimento de pessoas próximas. É explícito e explicado através da filosofia nas mais variadas fases e períodos e por diversos filósofos, autores e estudiosos. Permeia alguns distúrbios e patologias psíquicas, como a própria depressão. É vivenciado, de forma explícita ou implícita, no cotidiano de cada ser humano toda vez que o mesmo se questiona, reflete e filosofa acerca do verdadeiro sentido da vida. Do mesmo modo com se faz presente diante de inúmeras situações de vida, o vazio existencial também pode ser entendido, preenchido, amenizado, acolhido e abraçado em algumas circunstâncias – sejam elas através da filosofia que tenta apreender e explicar a sua essência; através do trabalho que proporciona ao indivíduo um sentido de utilidade e bem-estar; por meio das artes de uma forma geral, visto que as mesmas preenchem ou extravasam sentimentos e vivências; com a religião que consegue dar ao indivíduo um sentido e sentimento de transcendência; ou mesmo através da Psicologia que proporciona ao cliente um verdadeiro mergulho na sua essência, possibilitando-o entender-se e aceitar-se tal como verdadeiramente é. Por fim, pode-se dizer que o vazio existencial perpassa todos os campos da vida do indivíduo – em maior ou menor grau.

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